quinta-feira, 25 de março de 2010

EXPOSIÇÃO DE PINTURA DE JOÃO PAULO NA FUNDAÇÃO ORIENTE_ JORNAL PONTO FINAL DE MACAU

Uma década de personagens intrigantes MARÇO 25, 2010 Macau já tinha marcado o percurso artístico de João Paulo em 1991, quando teve a experiência de expor com artistas orientais. O pintor e escultor regressa quase 20 anos depois, com uma retrospectiva que pode ser vista na Casa Garden. São criaturas fantásticas e disformes, um pouco à maneira de Paula Rego, que se podem ver desde ontem – e até 21 de Abril – na galeria de exposições temporárias da Casa Garden. Os desenhos e pinturas de João Paulo patentes na retrospectiva exibida pela Fundação Oriente referem-se ao trabalho feito ao longo da última década. Prestes a completar 80 anos, o artista não se deslocou à inauguração da mostra, que aconteceu ao fim da tarde de ontem. Está radicado em Lisboa, embora a sua biografia seja indelevelmente relacionada com África, em particular com Moçambique, onde foi elemento activo na criação de vários movimentos artísticos. Para além de já ter visitado o território, a sua ligação com Macau advém ter visto o seu trabalho integrar uma mostra colectiva que se realizou no jardim Lou Lim Leok, em 1991. Mas a relação com o território será mais especial a partir de agora, confessou o curador da exposição, José Vicente: ”Quando falei com ele sobre esta exposição em Macau, ele disse-me que foi dos sítios onde gostou de ver a sua obra exposta, porque não expôs só com artistas com a mesma cultura que a sua”. A mostra da obra de João Paulo foi pensada enquanto retrospectiva. Mas não de toda a obra, visto que o pintor e escultor tem uma longa história artística, que atravessa toda a segunda metade do século XX. Os quadros expostos em Macau resultam da recolha que o artista faz de todas as suas exposições individuais ou colectivas, de onde não deixa que sejam vendidos dois ou três trabalhos. Algumas das obras parecerem ser da mesma série, o que o o curador justifica pelo facto de terem sido feitos em fases temporais muito próximas. “Há a utilização das mesmas personagens, mas em contextos diferentes. João Paulo representa as situações do quotidiano com estas personagens. Não usa um figurativo realista, consegue usá-las nos contextos que vai criando”, descreveu José Vicente. A comparação destas obras com as da pintora Paula Rego surge inevitável, embora seja desaconselhada pelo curador da exposição. “O João Paulo é mais velho do que a Paula Rego, há uma ligação que se prende com o facto de, a partir da década de 1960, a pintura portuguesa se ter escondido atrás de personagens. A Paula Rego era uma das que usava essas personagens, até para evitar a censura, dado que tudo isto tinha um carácter político. Todos estes artistas do figurativo têm algo de similar, mas não acho que devam ser comparados”, argumentou. Nascido em 1931, João Paulo passou pelo curso artístico da Escola António Arroio e estudou escultura na Escola de Belas Artes de Lisboa. A primeira exposição individual de trabalhos do pintor foi realizada em 1957. Desde então, já foram organizadas mais 32 mostras individuais, para além de muitas exposições colectivas. Antes de Macau, a última individual de uma obra de que já correu os quatro cantos do mundo acontecera em 2008, quando expôs em Braga. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________ José Vicente Curador da Galeria 57, um espaço sedeado em Leiria que tem vindo a promover o intercâmbio de artistas de Macau e de Portugal. A última actividade que realizou na RAEM aconteceu há um ano, quando, também em parceria com a Fundação Oriente, em parceria com a Galeria 57, assinalou a celebração do Dia Internacional da Mulher com a exposição “8 mulheres”. Então, estiveram patentes na galeria de exposições temporárias da Casa Garden os trabalhos de oito pintoras, quatro delas portuguesas e as restantes oriundas da China. O trabalho de intercâmbio artístico será para continuar, disse João Paulo ao PONTO FINAL: “Temos feito um trabalho que é para continuar a trazer artistas portugueses cá e de levar artistas chineses e de Macau a Portugal.Um deles foi Hang Quing, de quem foi feita uma exposição na galeria de Leiria”. Paulo Barbosa

segunda-feira, 15 de março de 2010

João Paulo - "Pintar sem Medo"



A pintura do Artista João Paulo faz-nos sentir a importãncia da força no traço e a liberdade de quem sabe Desenhar.
Muito bom desenho.´

JOÃO TEODÓSIO DE AVELAR SIMÕES

Pintura - João paulo



Breve Biografia
João Paulo (Arganil, 1929). Faz o curso da Escola António Arroio e o curso de escultura na ESBAL. É co-fundador do Grupo dos Independentes, em Lourenço Marques no ano de 1961.
Em 1965 é bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em pintura, e em 1971 em cerâmica, com estágio na fábrica Viúva de Lamego. Recebe o prémio Nacional de Pintura 1967 (ex-aequo com Nadir Afonso).
Expõe desde 1955. Do seu currículo fazem parte dezenas de exposições em Portugal e no estrangeiro.
De realçar a exposição na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1974